segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Retorno à década de 1980

Quem é trabalhador assalariado sabe que se não ceder às pressões de maior exploração vai dançar, vai rodar, sistema de opressão patronal virou uma faca no pescoço. Para quem ainda não caiu a ficha, é melhor ir saindo do mundo de fantasia, a exclusão vai aumentar e é muito e com muita força e intensidade. Ser muito explorado no trabalho vai ser o novo privilégio. Pode ser que a agora as críticas ao capitalismo possam se tornar mais populares. Espero que sim. Espero que tenha resposta coletiva como resistência. Mas a resposta coletiva vai depender da capacidade de proletarização de cada indivíduo. Quem se desproletarizar vai se lascar. A capacidade combativa da força de trabalho proletária é a base da luta política contra a exploração do sistema do capital. De minha parte, daqui por diante, só penso nessa luta, na luta proletária. Revolução social em tempos neoliberais. O ponto de vista do trabalhador e não o do consumidor da "nova classe média", essa sandice, terá de prevalecer como critério de ação coletiva. Tempos sombrios. Muita atenção é pouca. Me deixa perplexo que a esta altura do campeonato ainda muitos indivíduos estejam subjetivamente orientados pelas fantasias de grupo alimentadas pela "nova classe média" dilmista. Se naquele tempo, já ficava, imaginem hoje em dia. Morreu, pessoal. Não há mais como seguir o estilo consumidor competente "quem paga a conta não sei". A subvenção ao consumo foi apenas uma forma de clientelismo político que resultou em um alto preço a ser pago pelos direitos da coletividade, além da insustentabilidade econômica. Acabou. Agora é voltar para o estilo punk da economia de guerra da década de 1980. Pelo menos, a gente lia livros e ouvia música. Não vai sobrar pedra sobre pedra. Vai ser muita fome, adoecimento e morte. Uma tragédia pelos próximos 10 ou 20 anos.

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