segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Reforma da previdência 2019

Quer dizer que o crescimento econômico depende de uma perda de qualidade de vida da maioria? Para que serve então o crescimento econômico? Apenas para aumentar o capital dos muito ricos, mantendo empregos precários para a maioria sobreviver mal, agradecendo a Deus por não estar desempregado, nem doente, nem com o pé na cova? É esse o projeto oferecido? Isso lá é projeto coletivo. Isso é o crime. Querem nos fazer crer que empobrecer, adoecer e morrer é da nossa inteira responsabilidade individual, que não há responsabilidade coletiva sobre o destino subjetivo de cada indivíduo. É uma negação radical da solidariedade humana. Ocorre que não há produção de riqueza sem cooperação. A base cooperativa é essencial para a geração de riquezas, aí nesse ponto não é individual, a responsabilidade é coletiva, é de todos "irmanados" como "colaboradores". Isso lá é projeto coletivo. Isso é o crime. O problema é que o brasileiro não tem o hábito de guardar dinheiro? Gente, menos, por favor. Vejam a estrutura da renda no país antes de afirmar isso. São mais de 23 milhões na miséria, só para lembrar o básico. O benefício (BPC) da pessoa idosa pobre cai de 998 reais para 400 reais a partir de 60 anos. Só poderá receber 998 reais com 70 anos. Atualmente, a partir de 65, já recebe 998 reais. Dez anos (de 60 a 70), recebendo inicialmente 400 reais para chegar em 998 reais. Isso é justo? A pessoa idosa e pobre está sendo abandonada para o adoecimento e a morte prematuros. Isso é uma forma de produzir miséria e infelicidade para esses indivíduos e suas famílias. Tenho percebido que quem mais opina a favor da reforma da previdência é informal sem direito nenhum. Sabem "tudo" sobre direitos mas não tem direito algum. Acompanham algo como se fossem formais, mas estão fora daquilo que comentam. São pró-governo pois tanto faz, não são atingidos. São excluídos. Estranho, né? Habilidades sociais para se viver em condições precárias e instáveis serão cada vez mais requeridas. Os segmentos acostumados a condições mais confortáveis e que irão empobrecer precisarão aprender muitas coisas, se não se deixarem paralisar pelo intenso sofrimento social da queda.

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