quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O delírio é nosso!

Por favor, não vamos esquecer que todos e todas, sem exceção, inscrevemos formas de delírio na realidade. Então, antes de apontarem o dedo para o delírio do Outro, fazendo do delírio do Outro um atributo de sujeito que assujeita o Outro em alguma identificação de paranoia como entidade clínica dada, voltem-se para uma auto-análise ou análise das práticas de partilha de delírio que quase ninguém percebe como tais, exceto quando não se as toma como naturais, uma vez que nas práticas de delírio com que denunciamos a realidade como demasiadamente brutal para nossa fragilidade, realizamos as mais distintas e inglórias produções de miséria humana, principalmente, no nosso entorno.

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