segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Contra a militarização de qualquer tipo.

Na minha avaliação, a luta armada das esquerdas na década de 1970 foi um erro, foi um erro político, foi um erro ético, foi um erro histórico. Sou contra qualquer tipo de luta armada, qualquer tipo de militarização de luta extra-política, no sentido revolucionário. Ou seja, eu não sou revolucionário. A revolução é o mecanismo da guerra moderna. Sou contra revoluções. Sou a favor da revolta radical e libertária contra o sistema, sem uso da violência, de modo pacífico, fazendo da organização popular a força da transformação. Não é o povo armado que derruba nada, isso é ilusão vanguardista e arrogante, lugar de onde a Dilma veio, Serra e Dirceu, lugar de arrogantes. É o povo organizado que pode se contrapor ao funcionamento do sistema de dominação capitalista. Precisamos de mais radicalismo de pensamento e menos radicalismo muscular, quem gosta de músculo é milico, seja milico de direita, seja milico de esquerda. Está todo mundo cedendo a discursos muito rasteiros e cegos quanto à dimensão histórica da luta política contra o Estado. É a minha avaliação, se vocês dispõem de uma avaliação melhor apresentem. Só não apresentem soluções ilegais. Para isso, é melhor vocês entrarem na ilegalidade logo de vez. O que para mim seria um grande erro. Contra os partidos é uma coisa, militarizar a luta é outra muito diferente. Lutas militarizadas não me interessam, apenas lutas literárias, estéticas, filosóficas, artísticas, ou seja, lutas com formas de pensamento que transformam a realidade. Saudações libertárias.

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