domingo, 22 de abril de 2018

A esquerda oficial e sua seletividade

Quando os ruralistas estavam mandando e desmandando no governo do PT, super representados, as ações armadas contra lideranças indígenas e rurais, sustentadas pela relação PT-ruralismo foram "esquecidas", não se entendeu ou não se quis entender que ali já era o primeiro tiro. Lembro que as militâncias oficiais eram altamente omissas, não vinham nas redes protestar contra massacres anunciados de pistoleiros do ruralismo no poder do governo federal do PT. Agora que tudo desandou, fica parecendo que as coisas aconteceram do nada, mas não foram. Houve conivência da militância oficial da esquerda com o sistema da pistolagem do ruralismo da Kátia Abreu, a comadre da Dilma. Isso não dá para esquecer. Querem truncar a realidade dos fatos, como a direita faz. A esquerda oficial não foi solidária com as mortes anunciadas do ruralismo governista petista e agora querem solidariedade de todos, não é? Sim, claro, contem com a solidariedade de todos os mortos que mancharam as mãos de vocês de sangue, mas ninguém queria saber disso, para não atrapalhar a governabilidade. Esqueceram de tudo? Estão parecendo a direita. A tentativa das esquerdas oficiais de domesticar o sistema de dominação, e a crença de que tinham conseguido isso, que o sistema estava na mão, estava no bolso, resultou no atual choque de realidade. Quando criminalizaram os movimentos sociais que não estavam cooptados pelos governos, deram o primeiro tiro. Não há como tapar o sol com a peneira. O golpe começou em 2013. Estou convencido de que esquerda é para ser de luta, não é para administrar o capitalismo.

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