Revoltar-se contra si mesma é a tarefa permanente da esquerda radical e libertária e não ficar tomando sorvete de limão nos estabelecimentos comerciais italianos da burguesia em Fortaleza. Este blog é para criticar a nós mesmos, camaradas!
segunda-feira, 11 de junho de 2018
Reflexão da segunda-feira
Por que hei de me imiscuir entre poderosos notáveis com suas ambições e cobiças, bajulando-os, disfarçando-me de um servo honroso entre eles, se na prática vivo como um indigente? Infelizmente, as militâncias "progressistas" atuam sob a condição de clientelas dos representantes da oligarquia. Não adianta usar retóricas virulentas de ataque à ordem, quando, na prática, atuam como arregimentadores de rebanho para engradecer a valorização dos dominantes em seus pleitos por mais poder social, político e reputação. A radicalidade virou um papo-furado e, quiça, vendável. Quanto mais se fala em "democracia", mais desconfio de um desejo recôndito de reconhecimento vindo do alto, que promove a classe proprietária e seus séquitos de políticos profissionais em representantes de Deus na terra. A cooptação é o mecanismo do patronato. O desejo de ser cooptado só não é pior do que ser cooptado sem desejo, ou seja, por pura ignorância, na inércia da subalternidade.
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