quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Autoritarismos e fascismos redivivos

Tenho percebido que pessoas que podem ser classificadas como recorrentemente "humilhadas e ofendidas" na vida social, ou seja, que são obrigadas a se manter em situações de subalternidade, pessoas sobre quem a ordem impõe a situação de silêncio, resolveram explodir seus sentimentos, gerando expressividades autoritárias e fascistas. O problema é que a classe falante, da qual faço parte, e as classes médias altas e altas, tendem a essencializar, atribuindo o autoritarismo e o fascismo a essa classes de pessoas, quando são atributos das relações de dominação do sistema que as beneficia. A meu ver, quando a esquerda oficial se tornou abertamente oligárquica, cúmplice do sistema do capital, do racismo de Estado e do sistema de corrupção inerente ao funcionamento do Estado moderno, abriu uma grave crise de orientação política. Neste sentido, o recrudescimento do autoritarismo e do fascismo no BR são o sintoma dessa crise das esquerdas. Do mesmo modo que os governos e políticas neoliberais também o são.

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