domingo, 12 de abril de 2015

A luta contra o fascismo: o desafio.

Mais zonas autônomas temporárias. Mais zonas autônomas permanentes. Construir coletivamente territorialidades de pensamento, de fala e de ação como espaços de educação política libertária. Todas as experiências libertárias mostram que a coisa mais fácil que há é um espaço libertário se tornar totalitário. A proposta libertária brinca com fogo. Brinca com o fogo da relação entre liberdade, libertação e autoritarismo. O libertário é tragado pelo autoritarismo em cada passo dado. Não se trata de uma fatalidade. Trata-se de uma decisão. Ao se colocar à beira do abismo, ou seja, ao questionar na micropolítica cotidiana o sentido das regras, a contestação da regra constituída, a retomada da dimensão constituinte de novas regras, que, por sua vez, gera novos instituídos. O niilismo e o totalitarismo são os fantasmas que rondam o espírito libertário. Por isso, é fundamental fazer a crítica da metafísica libertária. Desbancá-la de sua atitude de semideusa. E só há um modo de fazer isso, em espaços coletivos de luta por emancipação, justamente onde a metafísica da emancipação se faz apanágio de todo o processo. É um baita desafio.

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