sexta-feira, 12 de abril de 2019

Capitalizar a falta de capital

As pessoas estão se sentindo mais respaldadas pelo atual contexto em não mudar seus hábitos, em não aceitar críticas, querem permanecer nas caixinhas sem ser questionadas. A atividade da educação está sendo rejeitada pelas pessoas com baixo ou médio capital informacional, estão se protegendo usando o fato de que são representadas pelo governo federal. Já notei isso na minha experiência de sala de aula. O atual governo valida o mediano em seu orgulho de si, permite esse orgulho de si em situação de incompetência arrogante que se desconhece como incompetência. Muito crítica a situação intersubjetiva da educação no país. Pessoas com baixíssimo capital educacional e cultural usam o estilo bem adaptado, o estilo "sou da ordem, bem adaptado" para cobrir o déficit de competências e habilidades de suas formações de baixa qualidade. Estão usando a adesão à normalidade adaptativa como recurso de sobrevivência, pois não tem outros recursos para competir no mercado altamente concorrencial. Deste modo, pessoas com baixa competência estão assumindo posições de mando e chefia em todas as organizações, começando pelo governo federal. Basta se mostrar da ordem, adaptado, que corre junto com as armas e as suas empresas, se vestir de chefe, se vestir de Deus, e vira dominante. O neoliberalismo na sua versão descamisada é uma forma de capitalizar a falta de capital para aparentar poder capitalizar o capital que não se tem, mas se deseja ter. Pessoas que ascenderam de posições excluídas para incluídos subalternos durante o grande RH dos governos petistas, hoje estão em posições que eram de seus chefes e estão muito orgulhosas, pois deram a volta por cima e desbancaram politicamente indivíduos que não teriam como desbancar na lógica concorrencial do mercado. Usam a política para defender o neoliberalismo de Estado, o neoliberalismo para inglês ver.

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