domingo, 17 de março de 2019

A raiva que me impede

Se os patrões, os ricos e seus governos não fossem ungidos, sacralizados pelas igrejas, o bicho ia pegar. Hoje, quem sustenta a desigualdade é a produção subjetiva de um cristianismo adaptativo, uma cristianismo que funciona como teologia política de um sujeito que funcionam como capital humano e que goza no sacrifício de si em nome do sistema do capital. Foi assim com Dilma, está sendo assim com Bolsonaro. Essa é a minha posição militante. Por isso que não sou um bom analista das questões religiosas como cientista social. Tenho consciência disso. O que se ganha é o que se perde. Há quem consiga ter as duas atitudes, mas são poucas as pessoas, poucas e admiráveis. Minha raiva das igrejas não me permite entender o papel do governo das igrejas no Brasil. Envieso quase sempre. Por isso, as próximas quatro sessões do grupo de estudo do LEV vão ser dedicadas a estudar textos de Patrícia Birman e Carly Machado. Para ver se a gente consegue sair dessa nossa visão raivosa do fenômeno, pois elas são analistas críticas de mão cheia.

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