segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

O eu é um outro

A única consciência radical que me interessa é aquela com que se atesta a própria insuficiência. Não há radicalidade maior do que a recusa de si mesmo, de se identificar a si mesmo. É preciso se divorciar do amor-próprio que está na base da indiferença diante da dor dos outros. Esse amor-próprio virou fonte de destruição em sua demanda de excepcionalidade, pois "...para poder se aceitar nos outros (...), é preciso antes recusar-se em si mesmo" (Lévi-Strauss, expressando um princípio descoberto por Jean-Jacques Rousseau).

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