quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Nova classe média explosiva

Minha hipótese é de que há, sociologicamente, uma conexão de sentido entre a "nova classe média" da Dilma e o bolsonarismo, há uma continuidade de práticas na descontinuidade de sentido atribuído às práticas, uma dissociação. Quando querem acusar 2013 como responsável pelo início da onda "verde-amarela", em geral, essa acusação vem da militância partidária da esquerda oficial, joga-se para debaixo do tapete o efeito conservador provocado pela jogada da "nova classe média". O "liberalismo social" estimulado pelos governos do lulismo e do dilmismo estimularam a reversão do pobre conservador para a direita de onde tinha sido tirado pela habilidade política do Lula. O empobrecimento das classes médias gerenciais desde o primeiro governo Lula também é um fato que precisa ser melhor analisado. Os governos do petismo funcionaram como um imenso aparato de RH, baixando salários, precarizando condições, para gerar integração marginal em larga escala, a dita "nova classe média". Esse "liberalismo social" está mais ligado ao fenômeno do novo conservadorismo do que 2013.

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