Revoltar-se contra si mesma é a tarefa permanente da esquerda radical e libertária e não ficar tomando sorvete de limão nos estabelecimentos comerciais italianos da burguesia em Fortaleza. Este blog é para criticar a nós mesmos, camaradas!
domingo, 6 de setembro de 2015
O dito e o não dito.
Do ponto de vista sociológico, da análise sociocultural do sintoma brasileiro, o momento está sendo riquíssimo, pois falas sociais, socioletos, arraigados na longa duração das mentalidades autoritárias no país estão se expressando, se inscrevendo em registros públicos, coisas que sempre foram ditas em pequenos círculos sociais estão sendo ditas para o país inteiro. E o que há de disruptivo nessas falas sociais, o que há de fobias, medos, ódios e sentimentos de poder e de dominação de cunho senhorial, patronal, de identificação com "os poderosos", enfim, tudo isso está nos permitindo redefinir analiticamente pela observação dessas performances despudoradas das camadas médias, médias altas e altas, quão profundas são as raízes do Brasil, onde em terra de barões, a democracia só poderia ser realmente um grande mal-entendido, como dizia o Sérgio, no início do século XX.
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