quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Faça amor, não faça guerra!

Inspirado numa reflexão do meu colega Jakson Aquino, gostaria de lembrar que o "tudo vale", característico do niilismo anarquista que aderiu a métodos terroristas, militarizados e violentos, presta um desserviço, a meu ver, às lutas libertárias. Qualquer forma de militarização da luta, bem como uso de modos autoritários de organização em nome da "liberdade", parece-me um grande equívoco. A luta por democracia real é afetada negativamente pela guerra, seja ela de qual natureza for, a luta armada contra a ditadura, por exemplo, foi um dos maiores equívocos das esquerdas nas décadas de 1960 e 1970, o tipo de militante forjado nisso foi de perfil autoritário, como José Serra e Dilma, ou então, de perfil "tudo vale", como José Dirceu e César Maia. Não é isso o que desejamos. É a ruptura com esses modos autoritários, stalinistas, antidemocráticos e antiéticos das esquerdas que vai tornar possível a emergência de novos movimentos de esquerda, sem veleidades militaristas, autoritárias e personalistas. É como penso o problema da crise da esquerda hoje. É uma crise interna. A revolução democrática é a luta por liberdade, por liberdades públicas. Uma luta pacífica. Faça amor, não faça guerra!

Nenhum comentário:

Postar um comentário