segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O paredão do amor.

Seis em cada dez militantes de grupelhos de esquerda entram no coletivo por causa dos belos olhos de alguém. Os outros quatro entram por puro ressentimento, são os que lutam em geral pelas posições de direção. São pequenos Stálin sem amor. Mas para quem entra no Partido por amor, a recomendação é: não faça sexo com todo mundo ao mesmo tempo. Amor livre é poder e querer escolher com quem se quer fazer amor. Nada de bacanais movidos a paixões revolucionárias. E evitem, sobretudo, os stalinistas do Partido, os piores são os que se escondem do rótulo, não o assumem. São terríveis. São implacáveis. A falta de amor lhes endureceu o músculo brutal. Lembro de uma vez que os dirigentes nacionais estavam chegando e aí os dirigentes locais (de homens para homens) recrutaram as militantes "gatinhas" para fazerem a recepção dos camaradas. Ah, como são fascistas esses dirigentes de esquerda, de um fascismo atroz, pois não aceitam se dizer na própria perversão. E as meninas, constrangidas, tiveram que desfilar, uma ou outra acabou por deitar, com os dirigentes nacionais do Partido. E havia uns que eram homossexuais que caçavam homossexuais, não para fazer amor, mas para estraçalhá-los e expulsá-los das fileiras morais da Revolução. É tão doce a Revolução! Docemente perversa e estúpida. É preciso se revoltar contra a Revolução. Fazer revoluções contra a Revolução. Destruir os dirigentes do Partido antes que nos enviem para o Paredão do Amor.

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